A National Fire Prevention Association publicou requisitos atualizados para sua norma NFPA 61 para prevenção de incêndios e explosões causadas por pó em instalações agrícolas e de processamento de alimentos.
Apesar de, no geral os fabricantes de alimentos terem até 2021 para cumprir, tomar a iniciativa antecipadamente poderia potencialmente economizar seu tempo e dinheiro, pois você integra atualizações de equipamentos de processo com a implementação de uma estratégia revista de pó inflamável.
Vamos rever as mudanças recentes.
A NFPA 61 fornece orientações sobre riscos de combustão em instalações de manuseio, processamento ou armazenamento de materiais agrícolas a granel, seus subprodutos, ou outros pós e materiais relacionados à agricultura. Embora as normas da NFPA não sejam leis federais, elas se tornam legalmente obrigatórias nos municípios e estados que as adotaram como código regulador. Além disso, a OSHA pode fazer referência às normas da NFPA ao cobrar multas em virtude de ambientes de trabalho inseguros nos termos da cláusula de Obrigação Geral.
A nova versão da NFPA 61 se alinha melhor com a NFPA 652, “Standard on the Fundamentals of Combustible Dust”, (Norma sobre os fundamentos de pó inflamável) para oferecer esclarecimento sobre como determinar se os materiais presentes em um processo são inflamáveis ou explosivos. Esta é uma responsabilidade importante para o responsável ou operador do processo, e precisa ser o primeiro passo de um plano de mitigação de riscos.
A norma também introduz orientações sobre a realização de uma Análise de perigo de pó (Dust Hazard Analysis — DHA). Se você tiver um material potencialmente inflamável ou explosivo em suas instalações, uma DHA é desenvolvida para identificar e abordar os riscos presentes. A NFPA 61 descreve a metodologia para realizar uma DHA e dá um exemplo de lista de verificação. Para instalações com equipamentos existentes, a norma lista a data de conclusão de junho de 2021. Para qualquer processo novo ou processos existentes que estejam sendo alterados significativamente, deve-se realizar uma DHA como parte do projeto.
A norma também contém uma nova seção sobre os métodos e requisitos para a opção de Projeto baseado no desempenho para a mitigação de riscos. Esta opção dá ao responsável pelo processo a flexibilidade de utilizar soluções alternativas baseadas em bons princípios de engenharia e documentação, além dos requisitos normativos delineados na NFPA 61.
As instalações de processamento de alimentos têm sido líderes na abordagem de riscos de pó inflamável, mas agora alguns desses primeiros sistemas estão envelhecendo ou desatualizados, e novas tecnologias estão disponíveis para atualizá-los. Ao mesmo tempo, a Lei de modernização da segurança alimentar (Food Safety Modernization Act — FSMA) e o aumento das taxas de produção podem estar impulsionando instalações para fazer mudanças em seus processos de fabricação de alimentos. Por esta razão, provavelmente faz sentido combinar a revisão do equipamento de processo com avaliações do sistema de coleta de pó se você estiver considerando substituir os sistemas antigos. Esta abordagem de revisão pode ajudá-lo a enfrentar os riscos de pó inflamável, ao mesmo tempo em que destaca uma estratégia que pode se integrar melhor com seu processo de produção e fornecer um sistema otimizado.
O responsável pelo processo com a incumbência de realizar uma DHA e estratégia de mitigação deve considerar diferentes opções para uma efetiva mitigação de riscos. Elas incluem:
Algumas instalações que sofreram eventos devastadores pareciam meticulosas na superfície, mas ignoravam o acúmulo de pó nos tetos suspensos, luminárias ou vigas. Se uma explosão inicial perturbar esse pó, ele se torna combustível suspenso para uma deflagração secundária, em todo o edifício. Certifique-se de inspecionar e limpar periodicamente todas as superfícies do piso ao teto, incluindo as paredes, evitando acumulações.
Além disso, a remoção do pó do ar impede que ele se acumule em superfícies. Um sistema de coleta de pó efetivamente projetado utiliza exaustores para capturar o pó e o fluxo de ar o transporta através de um duto para um coletor de pó. Os fabricantes de alimentos em particular podem ter razões válidas para preferir instalações internas, e com os avanços da engenharia de hoje, isso é mais viável. Uma vez conhecidos os requisitos do fluxo de ar, então pode-se escolher um coletor de pó para a aplicação e o local externo ou interno pode ser revisto, com base no equipamento e na estratégia que melhor funcionam para suas instalações e necessidades.
Tanto as opções de equipamentos de prevenção como de proteção devem ser revistas e consideradas para sua estratégia de mitigação. Uma variedade de opções de equipamentos está agora disponível, incluindo 1) dispositivos de isolamento ativo e passivo 2) opções de ventilação de explosão e 3) sistemas de supressão de incêndio ou explosão.
Consultores independentes de mitigação de pó inflamável podem ajudá-lo a realizar uma análise de pó e de perigos do processo e, em seguida, recomendar uma estratégia para suas instalações de acordo com as normas da NFPA.
Para saber mais sobre como enfrentar os riscos do pó inflamável, consulte a versão completa deste artigo publicado no Food Manufacturing on-line.